Um grande negócio: a rede de lucro por trás das internações involuntárias de dependentes de drogas
O serviço acontece em duas vias, por meio das redes sociais ou dentro de grupos de Narcóticos Anônimos (NA), segundo dependentes que já trabalharam com isso entrevistados pela reportagem. “Esse serviço surgiu como uma consequência da remoção, pois se a pessoa dissesse que não precisava de resgate, a gente não deixava de encaminhar, mas também não ganhava. Então, as clínicas passaram a oferecer comissão pelo encaminhamento”, explicou João, que depois da própria internação foi integrado ao mercado. Fabrício Selbmann, do Grupo Recanto, diz que o serviço é mais comum e profissionalizado, com empresas dedicadas a isso, em São Paulo. Lá, o valor cobrado por indicação é 10% do tratamento. “Eu acredito que isso não tenha nenhuma coisa negativa no processo. É uma estrutura de marketing. O que é preciso saber é se as clínicas são boas. Não é uma indicação com comissão. São duas empresas fazendo parceria de negócio”, conta. A Retruco descobriu vários serviços autônomos nas redes sociais. En...